sábado, 22 de março de 2014

Madrugada.

A madrugada e os seus mistérios tentadores
É no silêncio que desatento eu me prospero
A carne quente, o sangue frio
É chave e corrente, chama e pavio.

A madrugada é nascente ao oposto das vidas:
Invertendo torrentes, adormecendo viventes
Fazendo-os trincar entre os dentes
desventuras sofridas]

A madrugada é faminta de desejos ímpios
íntimos, se libertam e se banham em pecado
Manchando a lua pálida com escárnio
Vomitando em sua pureza quase de ímpeto.

A madrugada e os seus demônios geniais
Trazem prazer aos amantes de alma mordaz
Levem-nos à loucura, gozem com suas dores !
A madrugada e os seus mistérios tentadores.

2 comentários:

  1. Nooooffa!!

    Bath, uma coisa vou lhe dizer e preste bem atenção.
    Raramente, eu digo, raramente um poema consegue me atingir dessa forma.

    Mas o seu é diferente dos demais, me chamou atenção e o último verso, que aos meus olhos fechou com chave de ouro, me encantou!

    Parabéns! =D

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