Apresento-vos meu manifesto poético !
O poema-vivo, manifesto
nas entrelinhas de vossas vivências
Doutrinas não regam os jardins do poeta liberto
pois a vivacidade não brota sobre raízes mortas
O poema é um anjo e um demônio
Cada palavra transcrita,
um membro dissecado das duas criaturas em seus alicerces
o que lhes arranca as asas.
o que lhes arranca o chão.
Transcendência !
A felicidade trepando com a ilusão.
concomitâncias poéticas contraditórias segundo a lógica dos sentenciadores
E perfeitamente convincente para quem sente em si as dores
Vivaz ! Louco ! Fugaz !
Três vivas ao Poema que se faz vivo !
Viva ! Viva ! Viva !
Pândegas da morte faz quem dele se aviva.
O acaso é a fonte da transitoriedade dos fatos
Você é um fato, e um feto
[fecundado pelo acaso
Transitório pela Casa.
Sombra incerta é o final
piada satânica de Deus
Heiamos de pandegar, viver até morrer
Nos embriagando da ocasião, fazendo vivo o poema dos sem-vida
Que por si só é morto, eis que aqui vos anuncio a redenção:
Dentro de si mesmos.
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