sábado, 22 de março de 2014

Devaneios.

Quero morrer bem cedo
só pra saber
o que tem do outro lado do espelho
E escapar dessa mania humana
de matar a si próprio de joelhos
Pra escapar de toda essa malícia
que assola cada célula nossa
Que cada uma vire pó e só assim
eu me torne melhor do que sou
agora...]
Nada sou agora
Só uma peça imposta
produto expelido das feridas de alguém
que brinca e brinda os copos
se embebedando nos devaneios de sua própria criação
Sou a incógnita...
a loucura das mentes empodrecidas de fé e razão
Tamanho lascivo e tentador
mal é este que me acompanha
Que me vicia, que me iluda
Jesus Cristo, Buda
Oh tortura ! São a mesma criatura
São todas elas em seu acesso de loucura:
O espelho
o joelho
o devaneio
a ferida
a incógnita
a dúvida...
Pois se há uma ordem estabelecida em meio a tanto caos
seria a ordem em si, produto de todo esse Mal...

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